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"A Campainha e o Cujo" A primeira charge brasileira

  • Foto do escritor: Entre Balões
    Entre Balões
  • 25 de mai. de 2020
  • 2 min de leitura

Reprodução/ Google imagens


A charge A Campainha e o Cujo publicada no Jornal do Comércio do Rio de Janeiro no dia 14 de dezembro de 1837 pelo diplomata Manoel de Araújo Porto-Alegre ( 1806-1879 ) . A charge trazia uma crítica ilustrada sobre um caso de propina entre um funcionário do governo e o Correio Oficial, que na época já era uma prática comum.


Manoel de Araújo Porto-Alegre, posteriormente Barão de Santo Ângelo, foi um pintor, jornalista, escritor, dramaturgo e diplomata brasileiro, sendo o responsável pela publicação da primeira charge no Brasil, que veio a ser idealizada após o próprio autor flagrar um caso de corrupção entre o funcionário público Justiniano José da Rocha e um funcionário do Correio Oficial. Manoel de Araújo passou alguns anos no exterior, e após voltar ao Brasil, encontra um Rio de Janeiro diferente e com muitos problemas.


Com a chegada da família real portuguesa e a abertura dos portos, em 1808, é que se estabelecem as primeiras oficinas gráficas. Começa, a partir daí, o desenvolvimento da impressão de livros e periódicos. Os jornais, no entanto, eram apenas tolerados, e quem se manifestava contra o governo sofria as sanções da censura e da perseguição. Os jornais, até então, não publicava caricaturas. Estas circulavam apenas como estampas avulsas, ainda de forma tosca e sem qualidade. As inovações técnicas, chegadas ao Brasil em meados do Século XIX, permitiram o advento da gravura e, consequentemente da caricatura, na imprensa brasileira, causando considerável impulso, assegurando novas condições à crítica e ampliando sua influência. Nesse sentido, o texto humorístico foi precursor da caricatura, que somente apareceu quando as técnicas da gravação permitiram conjugar as palavras coim a atração visual do desenho e da imagem.

Trecho destacado do texto de Gutemberg, jornalista e professor na UFBa


É impossível ignorar o tamanho e a importância da contribuição de Manoel de Araújo para o cenário brasileiro de quadrinhos, sem ele, a possibilidade do avanço na produção de veiculação de charges nos jornais do país sofreria um grande atraso. Deve -se muito a ele por essa obra e as mais diversas contribuições ao jornalismo brasileiro.

 
 
 

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